Resumo
O Visão do Corre publica o primeiro de três perfis de crias da favela São Remo que estudam na Universidade de São Paulo (USP), vizinha da comunidade. Conheça Jhonatan Neves dos Santos, do 1º ano de Educação Física.
como funciona o bonus bet365 de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar
Jhonatan Neves dos Santos, 24 anos, começou a cursar Educação Física na Universidade de São Paulo (USP)como funciona o bonus bet3652024. Aluno do Cursinho Popular Elza Soares, que funciona dentro da favela São Remo, a relação com a USP era somente de vizinhança, desde pequeno.
Jhonatan é filho de uma família de três filhos. O pai, auxiliar de fábrica; a mãe, funcionária do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), instalado dentro da USP. O jovem estudoucomo funciona o bonus bet365escolas públicas da região e, ao concluir o ensino médio, não entrou no ensino superior.
“Levei pelo menos uns dois anos para entrar na USP”. O que aconteceu com Jhonatan é o mesmo que acontece com vários jovens de periferia quando concluem o Ensino Médio: sem ingressar na universidade, ficam perdidos quanto ao futuro.
“Terminei o ensino médio e fiqueicomo funciona o bonus bet365casa. Acabei fazendo curso de cabeleireiro”. Uma professora falou do Chavoso da USP, um jovem periférico que entroucomo funciona o bonus bet365Ciências Sociais e se tornou conhecido pela origem e postura política. “Me deu um norte”, relata.
Um ano de cursinho na favela São Remo
A mãe queria que Jhonatan fizesse curso técnico de Química. “Passou uns três dias falando isso”. Inscreveu-secomo funciona o bonus bet365Técnico de Nutrição. Aprovadocomo funciona o bonus bet365segundo lugar, concluiu o curso e percebeu que tinha condição de fazer faculdade.
Em 2023, começa o cursinho popular Elza Soares na Favela São Remo. Jhonatan aproveita a oportunidade. “A turma começou com uns quarenta alunos. Ficaram doze”. Ele ficou. E chegou ao final do ano decidido a prestar vestibular para Educação Física.
Publicidade
“Só ia prestar Unicamp e Fuvest”. Mas uma professora sugere o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Jhonatan encarou as três provas. Não passou na Unicamp, mas foi selecionado para a segunda fase Fuvest, o vestibular da USP. E, com a nota do Enem, garantiu bolsa integralcomo funciona o bonus bet365faculdade particular.
A segunda fase da Fuvest
Realizada a segunda fase da Fuvest, Jhonatan ficou na posição número 258. Desanimou. Era 28 de fevereiro de 2024, quarta-feira. “Fiquei bravo, enchi a cara no meu aniversário, que foi quatro dias depois, no sábado”.
Na segunda-feira seguinte, começou a circular a informação decomo funciona o bonus bet365aprovação no grupo de WhatsApp do cursinho Elza Soares. “Olhei cinco vezes meu nome, duas vezes o CPF. Só caiu a ficha quando chegou o e-mail da USP. Sabe quando você toma aquele choque?”.
O curso de Educação Física, de período integral, dura quatro anos. “As primeiras aulas são muito chocantes. Você não está acostumado ao estudo. Mas consegue pegar o jeito”. Jhonatan pretende atuar na área de alto rendimento, especializadocomo funciona o bonus bet365futebol e handball.
Publicidade
Apesar de ter vivido ao lado da USP, “tem horas que eu penso que estou viajando. Agora eu tenho uma vivência como aluno, não como pedestre”.
Perfil dos ingressantes na USP
Segundo o Anuário Estatístico da USP,como funciona o bonus bet3652024, anocomo funciona o bonus bet365que Jhonatan entroucomo funciona o bonus bet365Educação Física, somente 17,83% dos aprovados estudaramcomo funciona o bonus bet365escola pública, como o morador da São Remo.
As famílias com renda de um salário-mínimo representaram 3,17% dos novos alunos. A faixa salarial dos familiares da maioria dos calouros, entre dez e quinze salários-mínimos.
"Nunca imaginava estudar lá dentro. Mas hoje, se eu quero ser um melhor profissional, tenho que estar no melhor local" – Jhonatan Santos
Brancos são 65,33%. A profissão dos pais varia entre médico, engenheiro, promotor. Filhos de padeiros, operários, mecânicos, pedreiros e pintores representam 6,5%.
Ao menos três da São Remo na USP
A favela São Remo, na zona oeste da capital paulista, divide o muro com a Universidade de São Paulo. A comunidade começou a ser formada na década de 1960, por trabalhadores que construíram a USP.
O Visão do Corre procurou, desde abril, alunas e alunos da São Remo matriculados na USP. Encontramos três. Além do perfil de Jhonatan Neves dos Santos, publicaremos o de uma aluna de Engenharia Elétrica e de um concluinte de Arquitetura.