Resumo
Demora é torturante para os familiares das vítimas. Com eventual pena por júri popular, o tempo joga a favor dos policiais militares acusados, pois diminui a comoção e a lembrança do massacre. Audiências ocorrem,freeroll vbetmédia, a cada três meses. Conheça fases e prazos do processo.
Familiares das vítimas do Massacre de Paraisópolis fazem ato na primeira audiência do caso, no Fórum Criminal da Barra Funda.
Foto: Paulo Pinto/AB
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O Massacre de Paraisópolis completa cinco anos e, segundo advogados de acusação e defesa, o julgamento, se houver, pode acontecerfreeroll vbet2027. Nessa previsão mais otimista, seriam oito anos entre as mortes e a sentença.
A projeção é feita a partir de 1 de dezembro de 2019, quando nove jovens morreramfreeroll vbetuma viela da favela de Paraisópolis, zona sul de São Paulo, no baile funk da DZ7, após ação da Polícia Militar.
“Temos que administrar cada vez mais sofrimento”, diz Reinaldo Cabral de Moraes, corretor, 57 anos, pai de Gabriel Rogério de Moraes, filho único, morto aos 20 anos. “Quanto mais entrar no esquecimento, melhor para os acusados”.
“É desolador você saber que,freeroll vbetcinco anos, não houve uma pontinha de justiça. É difícil demais falar sobre isso. Estamos lutando por justiça, mas não deveríamos lutar por ela, era para chegar sem ser buscada”, diz Maria Cristina Quirino, mãe de Denys Henrique Quirino da Silva.
“É desolador você saber que,freeroll vbetcinco anos, não houve uma pontinha de justiça”, diz Maria Cristina Quirino.
Foto: Rovena Rosa/AB
Cinco anos do Massacre de Paraisópolis
A investigação sobre a morte de nove jovens, feita pelo Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), levou um ano e meio. Terminoufreeroll vbetjunho de 2021.
No mês seguinte, o Ministério Público denunciou 12 policiais militares por homicídio doloso (com intenção de matar),freeroll vbetcrimes triplamente qualificados. Aindafreeroll vbetjulho, a 1ª Vara do Júri do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo recebeu a denúncia.
Na média, houve uma audiência a cada três meses. “As últimas foram bem demoradas, a gente conseguiu escutar bem poucas pessoas, três, duas. E não houve audiências seguidas”, diz a defensora pública Fernanda Balera, coordenadora do Núcleo de Cidadania e Direitos Humanos.
A defensora pública Fernanda Balera não arrisca previsão de prazos e datas, pois dependem da agenda do juiz.
Considerada a média de audiências até agora (uma por trimestre), e a quantidade de depoimentos (cincofreeroll vbetcada), para terminarem no ano que vem o ritmo de seções teria que aumentar.
“Se tivesse uma por mês, o processo andaria rapidamente. Precisamos saber se haverá audiências recorrentes, por exemplo, duas no mês. Assim, daria para ouvir as testemunhas de defesa e os réus’”, calcula uma dos advogados das famílias, Dimitri Sales.
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Fernando Capano, que defende os policiais, acredita que todos os réus serão interrogados aindafreeroll vbet2025. “Acusação e assistentes de acusação geralmente não fazem perguntas nesta ocasião. Deste modo, os interrogatórios não tendem a ser tão longos”.
Advogado Dimitri Salesfreeroll vbetmanifestação de familiares das vítimas do Massacre de Paraisópolis no Fórum Criminal da Barra Funda,freeroll vbetSão Paulo.
Foto: Rovena Rosa/AB
O que acontece depois dos depoimentos?
Se as testemunhas e réus forem ouvidosfreeroll vbet2025, o juiz poderá ou não mandar os policiais a júri popular. Se mandar, o que é provável, o julgamento dificilmente aconteceráfreeroll vbet2026, pois dois recursos podem ser apresentados.
“Certamente iremos manejar recurso. Creio que a fase recursal, no âmbito do Tribunal de Justiça, deve demorar cerca de um ano”, diz o advogado dos PMs. Se perderem, podem recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
“Então, pode colocar mais um ano na conta”, contabiliza Dimitri Sales. O processo chegaria a 2027, sem garantia de ser julgado. Poderia ficar para 2028.
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Para evitar o esquecimento, cartazes são colocadosfreeroll vbetpontos de ônibus de São Paulo com as nove vítimas do Massacre de Paraisópolis.
Foto: Divulgação
“Iremos manejar todos os recursos cabíveis. Não porque queremos travar o andamento do caso e sim porque acreditamos que não há qualquer nexo de causalidade entre as condutas dos policiais e as lamentáveis mortes ocorridas”, diz Capano.
E quando o julgamento chegar?
Até um eventual julgamento, parentes das vítimas e entidades como Defensoria Pública e Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) trabalham para que o Massacre de Paraisópolis não seja esquecido.
Publicaram ampla documentação do caso no site Os 9 que Perdemos, onde disponibilizaram o relatório Pancadão: uma História da Repressão aos Bailes Funk de Ruafreeroll vbetSP.
Baile funk da DZ7,freeroll vbetParaisópolis, onde morreram nove jovensfreeroll vbet2019. Festa está proibida na comunidade.
Foto: Marcela Novais
“Se joga o julgamento para frente, você vai fazendo as pessoas esquecerem. Quem compõe o júri são cidadãos comuns, num espaço de disputa da emoção, e não da razão, de quem consegue convencer o corpo de jurados”, diz o advogado Dimitri Sales.
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Contra o esquecimento,freeroll vbet1 de dezembro, cinco anos após a morte dos nove jovensfreeroll vbetParaisópolis, haverá um atofreeroll vbetfrente do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual,freeroll vbetmemória das vítimas.
