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BRASÍLIA - Um dia após o embate entre deputados e o ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente Jair Bolsonaro abriu a agenda para receber líderes e presidentes de sete partidos. Com exceção do DEM, no entanto, os dirigentes das outras legendas saíram das reuniões mostrando ceticismotchouaméni fifa 22relação ao governo e disseram não pretender entrar na base de sustentação do Planalto no Congresso, ao menos por enquanto. O mais duro foi o ex-governador Geraldo Alckmin, que preside o PSDB e concorreu contra Bolsonaro na eleição do ano passado.
Nos encontros com PSDB, DEM, PSD, PP, PRB e MDB, Bolsonaro pediu ajuda para aprovar a reforma da Previdência na Câmara, pediu desculpas por "caneladas" e expôs a ideia de criar um "conselho político", com quem pretende se reunir a cada 15 dias para sentir a temperatura do Congresso. Disse que, quando era deputado, errou ao votar contra as mudanças na aposentadoria e admitiu que agora precisa conversar mais com os partidos para formar uma ampla aliança. Na prática, as rodadas de conversa marcam uma mudança na estratégia adotada pelo governo, uma vez que a prioridade de Bolsonaro eram as negociações com as frentes temáticas, como as bancadas da segurança, ruralista e evangélica.
PublicidadeApós ser avisado de que o mal-estar com o Congresso havia piorado por causa de suas críticas à "velha política", Bolsonaro prometeu deixar a expressão de lado. Até agora, porém, ele sempre vinculara negociações com partidos a irregularidades e corrupção. Em "live" nesta quinta-feira, 4, no Facebook, disse não ter conversado sobre espaço no governo com os partidos. As siglas que estiveram no Planalto representam 196 deputados.
"Nada foi tratado sobre cargos, nem da parte deles, nem da nossa parte", afirmou. "O Parlamento vai fazertchouaméni fifa 22parte não só na reforma da Previdência comotchouaméni fifa 22todas as nossas reformas." O vice-presidente Hamilton Mourão disse na quarta-feira que, se o convite do Planalto para que as legendas integrem a base aliada for aceito, é "óbvio" que os partidos terão algum tipo de "participação".
Apesar de afirmar que a reunião foi agradável, Alckmin assegurou que o PSDB não integrará a coalizão governista. "Não há nenhum tipo de troca. Não participaremos do governo, não aceitamos cargo", disse o ex-governador ao deixar o encontro com Bolsonaro e o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. "Não existe nova e velha, existe boa e má política. A boa política não envelhece."
Bolsonaro pretende forma base com 313 deputados
Bolsonaro pretende erguer uma base no Congresso que pode chegar a 313 deputados e 57 senadores. Hoje, ele só tem o apoio de seu partido, o PSL. Para aprovação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), como a da reforma da Previdência, o governo precisa do aval de 308 deputados e 49 senadores,tchouaméni fifa 22duas votações. Na tentativa de agradar a Alckmin, o presidente contou já ter votado neletchouaméni fifa 22outras campanhas. Nem assim convenceu o tucano a aderir à base aliada.
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