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A Polícia Federal resgatou 30 mil monitoramentos ilegais feitos pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL). Esses registros haviam sido apagados e havia apenas 1.800 ainda disponíveis. O órgão foi alvo da operação Última Milha no dia 20 de outubro. Além de ter o prédio vasculhado, dois servidores da Abin foram presos e outros tiveram seus endereços como alvo de buscas e apreensões.
A informação dos monitoramentos recuperados é do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo. A estimativa é de que os peritos da PF levem cerca de um mês para analisar todos esses monitoramentos. A corporação afirma que a Abin teria realizado atos ilegais de espionagem, inspecionando a localização de ministros, políticos, jornalistas e advogados.
PublicidadeIsso era feito através de um programa chamado FirstMile, feito pela empresa israelense Cognyte (ex-Verint) e comprado pelo governo brasileirojogar online e ganhar dinheiro2018. A ferramenta detecta os sinais de 2G, 3G e 4G trocados entre celulares e torres de telecomunicações para fornecer a localização exata dos aparelhos. Basta, para essa busca, ter o número do telefone.
Nos 1.800 monitoramentos que foram inicialmente encontrados pela PF, havia um homônimo do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o que reforça o indício de que ele foi um dos alvos dessa operação de espionagem. As demais pessoas da lista estão sob o sigilo das investigações.
Durante a gestão Bolsonaro, a Abin foi comandada pelo seu correligionário Alexandre Ramagem (PL-RJ), que era delegado da PF e hoje é deputado federal. Ele fez a segurança do ex-presidente depois do atentadojogar online e ganhar dinheiroJuiz de Fora,jogar online e ganhar dinheiro2018, e caiu nas graças do clã Bolsonaro. Prova disso é a proximidade com o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), que se interessava pelo funcionamento da inteligência do governo do pai.
Além do vínculo de amizade, o Estadão revelou que Ramagem emprega, no seu gabinete de deputado federal, uma empresa de comunicação comandada por dois ex-integrantes do "gabinete do ódio", uma rede de comunicação violenta e ancorada no disparo de fake news. O "gabinete" era encabeçado por Carlos, o "02? do ex-presidente.
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