apostas pela internet-É enganoso dizer que vacina da AstraZeneca foi proibida na Europa por relatos de efeitos colaterais

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INTERRUPÇÃO NA VENDA DO IMUNIZANTE FOI DECIDIDA PELA PRÓPRIA FARMACÊUTICA POR MOTIVOS COMERCIAIS; AUTOR DO VÍDEO COM A ALEGAÇÃO FALSA FOI PROCURADO, MAS NÃO COMENTOU SOBRE OS FATOS APONTADOS
28 jun 2024 - 17h10
(atualizadoapostas pela internet9/7/2024 às 10h34)

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O que estão compartilhando: vídeoapostas pela internetque narrador afirma que a vacina contra a covid-19 da AstraZeneca foi proibidaapostas pela internetpaíses da Europa após relatos de reações adversas graves.

Não é verdade que o imunizante foi proibido na Europa. A vacina foi descontinuada por motivos comerciais.
Não é verdade que o imunizante foi proibido na Europa. A vacina foi descontinuada por motivos comerciais.
Foto: Reprodução/Instagram / Estadão

O Estadão Verifica investigou e concluiu que: é enganoso. A farmacêutica AstraZeneca suspendeu a comercialização de suas vacinas contra a covid-19apostas pela internetpaíses da Europa por conta própria. Ela alegou razões comerciais. As notícias citadas pelo autor do vídeo de portais estrangeiros (BioBioChile, Forbes Mexico e El Período) ressaltam a explicação inicial da empresa.

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Além disso, o Estadão Verifica já mostrou que os efeitos de trombose com trombocitopenia são "extremamente raros e possivelmente associados a fatores pré-disponentes individuais". Casos raros de coágulos após o uso do imunizante já eram conhecidos desde 2021.

O autor do vídeo checado foi procurado, mas não comentou sobre os fatos apontados pela reportagem.

Saiba mais: Em vídeo compartilhado no Instagram, um homem que se apresenta como médico diz que a vacina contra a covid-19 produzida pela farmacêutica AstraZeneca foi dispensadaapostas pela internetpaíses da Europaapostas pela internetrazão dos relatos de efeitos adversos após o uso do imunizante.

"Efeito adverso raro? Eles dizem que morte cardíaca pela vacina são efeitos raros. E por causa disso, na União Europeia, isso é o que diz a Forbes do México, isso é o que diz na Espanha, isso é o que diz no Chile. A partir de amanhã não pode mais se comercializar vacinas AstraZeneca lá na União Europeia. Eu estava procurando aqui e não achei nenhuma notícia sobre isso no Brasil. Por que será?", diz o autor do vídeo.

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O autor cita inicialmente uma matéria publicada pelo jornal Poder 360,apostas pela internet30 de abril, que diz que a farmacêutica "lamentou" as mortes e os problemas de saúde causados pelo imunizante. A matéria cita uma ação coletiva de 51 famílias do Reino Unido contra a AstraZeneca, e diz que a farmacêutica "reconheceu pela 1ª vez que a vacina pode causar um efeito adverso raro". O Estadão Verifica já checou essa alegação e concluiu que ela é enganosa.

AstraZeneca reconheceu os efeitos adversos da vacina?

É verdade que a AstraZeneca afirmouapostas pela internetdocumentos judiciais que o seu imunizante contra a covid-19 pode causar efeitos colaterais raros. A notícia foi originalmente publicada pelo jornal britânico The Telegraph, e foi compartilhada nas redes sociaisapostas pela internetconteúdos que omitiam que os efeitos já eram conhecidos.

A farmacêutica foi processada por uma ação coletiva de 51 famílias que pediam indenização de até 100 milhões de euros, alegando que as vacinas causaram mortes e sérios problemas. Em documento à Justiça britânica, a AstraZeneca afirmou que a vacina "pode,apostas pela internetcasos muito raros, causar síndrome de trombose ou trombocitopenia (TTS)" - que é uma doença causada pela formação de coágulos de sangue.

No entanto, apesar do documento ter causado grande comoção para desencorajadores da vacinação, a informação já era de conhecimento público. Em 2021, por exemplo, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) informou que casos de coágulos que surgiramapostas pela internetpessoas vacinadas com o imunizante da AstraZeneca deveriam ser listados como efeitos colaterais "muito raros".

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Em agosto do mesmo ano uma nota técnica do Ministério da Saúde (confira aqui) explicou que os eventos adversos após a vacinação, como trombose e plaquetopenia, ocorreramapostas pela internetpacientes europeus dentro de um período de 30 dias após a injeção, numa incidência aproximada de 1 caso a cada 100 mil doses aplicadas. O documento também ressaltou que os benefícios da vacinação superavam os riscos.

O Ministério da Saúde esclareceuapostas pela internetsite oficial que as vacinas contra covid-19 são seguras e efetivas e reiterou a raridade dos casos de Síndrome de Trombose com Trombocitopenia após a vacinação com astrazeneca.

"É muito importante entender que os eventos trombóticos e tromboembólicos associados à infecção SARS-CoV-2, observados nos pacientes com covid-19, são muito maiores quando comparados aos eventos supostamente atribuíveis à vacinação ou imunização (ESAVI). Isso significa que o risco de tromboembolismo venoso é duas a seis vezes maiorapostas pela internetpacientes que pegaram covid-19 do queapostas pela internetpessoas sem a infecção. E isso não tem nada a ver com a vacinação contra a doença", diz o texto.

Por que a vacina deixou de ser comercializada no Reino Unido?

Em nota, a AstraZeneca reiterou que o motivo para parar de vender seu imunizante foi comercial. A farmacêutica apontou a falta de procura e o excedente de vacinas disponíveis no mercado. A empresa entrou com um pedido de retirada de comercialização no dia 5 de março que foi acatado no dia 27 do mesmo mês por uma comissão europeia. Como mostrou o Estadão mês passado, o trabalho foi encerrado também no Brasil, com as mesmas justificativas.

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Matérias do México, Chile e Barcelona relataram que a vacina foi suspensa após reações?

No vídeo checado, o autor mostra notícias de três portais de notícias fora do Brasil. Segundo ele, os jornais atribuíram a saída do imunizante de países da Europa com as reações adversas relatadasapostas pela internetdocumentos. Mas não é isso que as matérias dizem. Confira abaixo:

A Forbes Mexico publicou sobre o assuntoapostas pela internet6 de maio. A notícia aborda que a AstraZeneca vai parar de comercializar a vacina na União Europeia a pedido da própria farmacêutica. O texto ainda cita que o laboratório fez o pedido de retirada da empresa que diz que "à medida que várias vacinas atualizadas foram desenvolvidas para variantes da Covid-19, existe agora um excedente de vacinas disponíveis. Isto provocou uma diminuição da procura pela Vaxzervria, que já não é fabricada nem fornecida." Não há nenhuma citação sobre possíveis reações da vacina serem a causa do fim da comercialização. (confira aqui). O BioBio Chile publicou uma notíciaapostas pela internet21 de maio. Com o título "Não foi pelos efeitos colaterais: por que a vacina AstraZeneca foi realmente retirada de circulação" (em tradução livre do espanhol para o português), a notícia anuncia a descontinuidade da vacina e cita que ela foi acompanhada de uma "má imagem pública", imerecida, por relatórios de baixa qualidade que contestavamapostas pela interneteficácia. O texto ressalta que a vacina da AstraZeneca é eficaz, mas versões mais recentes como a da Pfizer e Moderna apresentam melhores níveis de eficácia. (confira aqui). O portal El Período, da Espanha, publicouapostas pela internet7 de maio uma notícia confirmando a pausa na comercialização das vacinas. O texto diz que é "inevitável" nos casos adversos que vieram à tona após uma disputa judicial, mas ressalta que essa não foi a causa oficial dada pela empresa. (confira aqui).


Fontes de referência

  1. a grande aposta quanto ganharam
  2. pagbet aposta esportiva
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