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Exatamente um ano atrás, Gwendal Poullennec, diretor mundial de Michelin desde 2108, foi categórico: "Devido ao impacto da Covid tivemos de suspender a seleção no Brasil. Nossos times estão obviamente trabalhando nisso, embora não haja um anúncio da volta do Guia ao país".
Nesta segunda, 20 de maio, no Rio de Janeiro, ele confessou: "A gente nunca comunica o próximo destino se não estiver oficializado. Com as mudanças e o fechamento de restaurantes na pandemia, houve um problema de regularidade da qualidade. Foi muito difícil de avaliá-los. Agora, depois de alguns anos, não apenas a gente retornou ao normal, mas muito melhor do que isso".
PublicidadeA melhoria significou três novos duas estrelas, sete novos uma estrela e três estrelas verdes pela primeira vez. Três estrelas? "Não deixamos pedra sobre pedra para revelar os melhores restaurantes e estamos mais do que abertos a reconhecer esse nível quando encontrarmos".
Ou seja, ainda não foi desta vez que a gastronomia atingiu o ápice... Quem reconhece isso, bom dizer, não é o diretor, mas uma equipe incansável e assalariada de experts de mais de 25 nacionalidades que trabalha exclusivamente para a publicação.
Os inspetores são profissionais da gastronomia ou da hotelaria com pelo menos uma década de experiência na restauração. Então, passam por dois ou três anos de formação dentro do Michelin, antes de saírem viajando mundo afora para avaliar (e pagar por) 300 refeições por ano.
"No Brasil você tem cozinha francesa, italiana, japonesa, sustentável e diferentes influências regionais brasileiras, então, na realidade, os inspetores não podem conhecer só o Brasil, precisam conhecer as diversas culturas do mundo", justifica Gwendal.
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